A Caixa Econômica Federal, no papel de principal agente de fomento ao desenvolvimento urbano do país, publicou o “Guia Caixa de Sustentabilidade Ambiental” com o objetivo de consolidar e ampliar sua responsabilidade socioambiental nos programas de habitação social. O caderno 2 do Guia apresenta a metodologia aplicada à avaliação ambiental de terrenos com potencial de contaminação e ao gerenciamento dos riscos inerentes à estas áreas. A metodologia consiste, de maneira geral, em procedimento sequencial com as etapas de vistoria do terreno, levantamento básico e investigação confirmatória para avaliação de contaminação no terreno e seu entorno. Profissionais da Fons Geologia e Engenharia prepararam este material explicativo das etapas envolvidas aos nossos atuais e futuros clientes. O texto é aplicável às incorporadoras e construtoras que planejam participar dos programas da Caixa Econômica Federal.
A reorganização urbana e o surgimento de imóveis industriais subutilizados
A falta de planejamento e a dificuldade de implementação de programas e políticas de crescimento populacional urbano ocasionou em um crescimento rápido e desigual dos centros urbanos nas últimas décadas. Hoje observamos mudanças no perfil urbanístico das cidades. Principalmente o êxodo de centros industriais a outras regiões com melhor infraestrutura e favorecidas do ponto de vista logístico. Os espaços que uma vez foram instalações industriais e de serviços se tornam imóveis vazios e subutilizados com boas características de localização e disponibilidade dos serviços públicos, porém com potencial presença de contaminações.
As contaminações, ou passivos ambientais, provenientes de atividades industriais, comerciais e de serviços podem apresentar riscos à saúde da população durante anos mesmo após seu encerramento. A tendência atual é a reocupação destes imóveis vazios a fim de conferir a função social destas áreas. Conseguindo, portanto, reintegrá-las à dinâmica econômica do município com medidas de prevenção e precaução necessárias. Estas medidas evitam prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e minimizam riscos financeiros inerentes aos investimentos em empreendimentos nestas áreas com indícios de contaminação.
Vistoria do terreno
Inicia-se o trabalho primeiramente com a vistoria do terreno para verificação da situação ambiental atual do terreno, com o levantamento de informações quanto ao seu uso pretérito e do entorno. A avaliação do terreno possui o objetivo de identificar indícios de contaminação em solo e águas, vestígios como a presença de estruturas relacionadas com atividades industriais, resíduos na superfície do terreno ou modificações no relevo que demonstrem a presença de resíduos no solo. A avaliação do entorno consiste no levantamento das atividades presentes próximas ao terreno. Permite a identificação de potenciais fontes de contaminação no entorno e o risco de propagação destes contaminantes. A análise do histórico do terreno e seu entorno, combinada com a vistoria em campo realizada por profissionais especializados e experientes, resulta em uma imagem mais clara e qualificada da situação ambiental do terreno que determinará a continuação da avaliação ambiental.
Levantamento básico
A segunda etapa consiste no estudo detalhado de informações atuais e do histórico de ocupação e uso do terreno e do entorno. Embora a vistoria do resulte no entendimento da situação ambiental do terreno, em alguns casos é necessário prosseguir com o levantamento básico e investigação confirmatória. Deste modo, é possível confirmar ou descartar suspeitas de contaminação levantadas na etapa de vistoria durante o levantamento básico. O levantamento básico representa um aprofundamento do nível de evidência sobre a situação ambiental, com objetivo de:
- Fundamentar ou descaracterizar a suspeita de contaminação indicada na etapa de vistoria do terreno.
- Formular um panorama preliminar sobre o risco futuro para o uso habitacional.
- Construir um modelo conceitual inicial (MCI) e apresentar recomendações que orientem as etapas seguintes da investigação.
- Apresentar subsídios para decisões em relação ao custo/benefício do empreendimento.
O resultado principal desta etapa é o modelo conceitual inicial (MCI). O MCI discrimina as áreas conforme potencial de contaminação e, com seus possíveis contaminantes e suas formas de exposição à população futura. As recomendações técnicas para a fase de investigação confirmatória serão baseadas nos resultados do MCI.
Investigação confirmatória
A etapa final de avaliação de terrenos com potencial de contaminação de acordo com o guia da Caixa Econômica corresponde à investigação técnica do terreno. O objetivo desta etapa é confirmar a existência, ou não, de contaminação nas áreas do MCI. A investigação confirmatória envolve a realização de sondagens, amostragens de solo e água, bem como a utilização de outras metodologias analíticas para obtenção de dados qualitativos e quantitativos da contaminação. Assim, os resultados das análises desta etapa são comparados com valores orientadores de qualidade de solo e águas adequados com o uso futuro da área. As áreas do MCI serão classificadas quanto à presença de contaminação e se há risco à saúde humana para o uso do terreno.
Avaliação ambiental de terrenos com a Fons Geologia e Engenharia
Se a sua incorporadora ou construtora utilizará o financiamento da Caixa Econômica em um terreno com potencial de contaminação, a Fons Geologia e Engenharia se destaca como a opção mais acertada. Possuímos equipe altamente qualificada e expertise técnica em levantamento básico e investigação confirmatória. Nossa empresa está pronta para atender às demandas dos clientes de forma abrangente e personalizada. Entre em contato com nossa equipe através do formulário do site ou pelo Whatsapp clicando aqui.
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